Resenha do livro "Corte de Névoa e Fúria - Sarah J. Maas" (Corte de Espinhos e Rosas 2)

O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

Se você não leu o primeiro livro, clica no link para ir para a resenha de Corte de Espinhos e Rosas

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Olá para você que se interessou por ler essa série de livros que tantas pessoas falam bem, ou simplesmente viu essa capa maravilhosa e não resistiu.

Nesse segundo volume, começamos com Feyre voltando para a Corte Primaveril com Tamlim para tentar reconstruir suas vidas e seu lar. Mas depois de tudo o que ela enfrentou na montanha sob a ordem de Amarantha, ela não é mais a Feyre inocente, cheia de vida e esperança. Ela está quebrada, está depressiva. Todos as noites ela acorda gritando com os pesadelos e tem que ir ao banheiro vomitar. E Tamlim? Não faz nada para ajudá-la, alegando sempre que também está sobrecarregado com tudo o que passou.

Feyre não sabe o que fazer para melhorar, e para piorar Tamlim ordena sempre que ela esteja acompanhada por alguém ou não a deixa sair de casa, o que a faz se sentir uma prisioneira. É quando finalmente o acordo que ela fez com Rhys na montanha entra em vigor e ele aparece exatamente no dia do casamento para cobrá-lo, já que ela tem que passar uma semana do mês com ele.

Nas primeiras vezes que Feyre é obrigada a ir com Rhys para a Corte Noturna, ela não está feliz, não quer nenhum contato com um Grão-senhor que todos temem. Mas Rhys vai abrindo os olhos dela para o que ele realmente é, e Feyre acaba ficando muito confusa entre essas idas e vindas.

Em um determinado momento do livro, Feyre se vê em um beco sem saída, o que a faz se afastar de Tamlim, e passando agora todos os seus dias com Rhys, é quando ela consegue conhecer muito mais sobre ele, seu mundo e seus amigos. Mais uma vez, aqui os personagens secundários ganharam destaque, tenho que ressaltar. Cada integrante da turma de Rhys ganhou meu coração de uma forma que não sei explicar.

Feyre agora se sente realmente descobrindo o mundo, e entende que o relacionamento com Tamlim na verdade era abusivo. E tenho que comentar sobre isso. A autora me enganou direitinho. No primeiro livro, com todo o enredo, desafios, e romance acontecendo, eu em momento algum duvidei do amor entre Feyre e Tamlim. Na verdade esse amor existiu, mas Feyre "achava" que ele seria o amor de sua vida, e as atitudes de "proteção excessiva" de Tamlim acaba por ser romantizadas como estamos acostumadas a ler em muitas outras histórias.

Mas nesse livro a autora vai desconstruindo toda a imagem boa que tínhamos dele, e nos mostrando que quem tínhamos por vilão, na verdade é o herói da história. Rhys.

A família de Feyre é trazida para a história, e suas irmãs ganham importância dentro da trama, e tenho certeza que no próximo elas vão ser ainda mais presentes. 

Se você gostou dos acontecimentos e desafios no primeiro livro, prepare-se para se surpreender ainda mais e terminar a leitura com o queixo no chão. 

Eu tentei contar sobre o livro sem dar muitos spoilers, mas com quase 700 páginas é praticamente impossível. Só posso dizer que essa autora me conquistou completamente. E que mesmo se você não for fã de fantasia, mas gosta de um bom romance, surpresas, e histórias inteligentes, recomendo muito essa leitura. Você não vai se arrepender.

Se você já leu, comenta aqui nos comentários o que achou, que vou adorar saber. Beijo, até a próxima ;* 

"Talvez desde sempre eu fosse quebrada e sombria por dentro.

Eu era a assassina de inocentes e a salvadora de uma terra."

"- Pequeno Lucien - ronronou Rhysand. A senhora da Corte Outonal não ensinou a você que quando uma mulher diz não, é não?"

"Virei a lâmina illyriana na mão e atravessei para o Arco-íris em chamas e ensanguentado. Aquele era meu lar. Aquele era meu povo. Se eu morresse defendendo-os, defendendo aquele pequeno lugar no mundo onde a arte florescia…

Então, que assim fosse.

E me tornei escuridão, e sombra e vento."

"- Você mandou aquela música para minha cela. Por quê? 

A voz de Rhysand estava rouca. 

- Porque você estava se partindo. E eu não pude encontrar outra forma de salvá-la."