Resenha do livro "A Culpa é das Estrelas - John Green"

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Provavelmente você já leu o livro ou assistiu ao filme A Culpa é das Estrelas. Eu inclusive, assisti primeiro ao filme, e somente depois de amar tanto sua história e seus personagens dei uma chance ao livro. Porque não sei se você é como eu, mas quando um livro se torna extremamente famoso, e a cada virada de pescoço você o encontra na mão de alguém ou em uma vitrine, pode gerar dois tipos de sentimentos: ou você fica extremamente curioso para ver o motivo de tanta gente lê-lo, ou pega certo ranço e o evita a todo custo. E eu geralmente vou pelo caminho do ranço, só que quando assisti ao filme no cinema, foi impossível não querer conhecer a fundo a história do jovem casal: Hazel e Augustus.

Hazel é uma jovem de 16 anos que enfrenta o câncer desde os 13 anos. Embora tão jovem, é extremamente forte, e diferente das formas habituais que estamos acostumados a ver pessoas lidarem com essa doença tão agressiva e triste, ela consegue tratá-la de forma tão leve e ainda sincera, sem romantizá-la ou nos fazer apenas "sentir dó" de sua história. Além de ser uma jovem sábia, que já aprendeu a lidar com seus problemas diários causado pela doença, Hazel é muito inteligente e bem humorada. E sua ironia é essencial para dar toda essa leveza presente na história.

Gus é um jovem de 17 anos, já livre do câncer a um ano e meio, e que aparece na vida de Hazel através da reunião de apoio aos jovens que enfrentam ou já passaram pela doença. Gus é um lindo jovem de sorriso encantador, que com sua simplicidade e bom humor consegue irradiar luz para as pessoas, mesmo com todas as próprias inseguranças. Sem dúvidas a junção dos personagens é incrível, e muito bem balanceada entra a personalidade doce de Gus e sarcástica de Hazel.

Assim que se conhecem na reunião de apoio, Hazel e Gus começam a passar muito tempo juntos. A amizade vai crescendo rapidamente e o sentimento entre eles vai se transformando em um amor puro e verdadeiro. Mas o mais admirável nesse livro, é que o autor não apenas focou na doença e sim na relação dos personagens com a vida e com as pessoas que os cercam. É lindo ver que alguns momentos vividos entre os personagens, para alguns pode parecer tão simples, mas que a partir do momento que conhecemos sua história e seus pensamentos, esses momentos passam a ter tanto significado, que uma unica conversa, um único acontecimento, pode tocar nosso coração e nos emocionar como muitos outros não fariam.

Como sempre falo aqui sobre personagens secundários, tenho que ressaltar que o amigo do Gus merece destaque com sua própria história motivadora, os pais de Hazel também me emocionaram profundamente ao imaginar quantos pais não precisam passar por essa situação diariamente e como conseguem encontrar forças para viverem um dia após o outro sabendo que seu filho está doente.

Esses jovens passam por muitas emoções ao longo do livro. Medos, dores, perdas, superações, amor, é incrível a narrativa criada por John Green, que ao mesmo tempo que nos faz sorrir, nos trás grandes lições de vida e nos emociona com os dilemas vividos pelos personagens. Fiquei encantada na época, e estava realmente chateada por ter demorado tanto para vir falar sobre esse livro aqui, então aqui estou. E espero que caso você não tenha o lido ainda, possa ter ficado interessado com a minha resenha. E se você já leu, me conta nos comentários o que achou, vou adorar saber. Beijos, até a próxima ;*

Quotes

“Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas (...)”

“Alguns infinitos são maiores que outros. [...]. Queria mais números do que provavelmente vou ter... Mas, (...), meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados...”