Resenha do livro "Tatiana e Alexander - Paullina Simons" (Saga O Cavaleiro de Bronze 3)

maio 29, 2017


Tatiana agora tem dezoito anos. Viúva e grávida, ela foge da devastada Leningrado para começar uma vida nova na América. Mas os fantasmas de seu passado não descansam facilmente. Ela passa a ser consumida pela crença de que seu marido, o general do Exército Vermelho Alexander Belov, ainda está vivo e precisa desesperadamente de sua ajuda. Enquanto isso, a oceanos e continentes de distância, Alexander é forçado a liderar um batalhão de soldados considerado dispensável pelo alto comando soviético. No entanto, Alexander está determinado a conduzir seus homens pelas ruínas da Europa, numa tentativa desesperada de escapar da máquina de morte de Stálin e, de alguma maneira, encontrar o caminho que o conduza a Tatiana mais uma vez. Deixe-se envolver pela escrita encantadora de Paullina Simons neste romance atemporal aclamado em todo o mundo. 

Se você não leu os primeiros livros, clica na resenha de Leningrado e O Portão Dourado para conferir.

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Chegamos ao ultimo livro da saga O Cavaleiro de Bronze.
O segundo livro termina com Alexander condenado como um traidor pelo exercito vermelho, então ele finge sua morte, para que Tatiana consiga seguir com o plano e sair do pais em rumo a América. 
Tatiana está gravida e devastada, mas segue em frente. É uma das personagens feminina mais determinada e corajosa que eu já vi. Muitas vezes ela que acaba salvando Alexander.
Chegando aos Estados Unidos, ela tem seu filho ainda no navio. Consegue entrar no pais e começa a trabalhar no hospital da ilha, onde chegam os refugiados e soldados da guerra. 


Ela não consegue esquece-lo, conhece novos amigos mas está constantemente pensando nele. Então ao longo do livro, ela descobre pistas na mochila com as coisas dele que ela trouxe, e começa a conversar com um senhor da embaixada americana para tentar localiza-lo.
Agora imagine as dificuldades já que naquela época não tínhamos celular, internet, e todas as informações demoravam um tempo absurdo para serem atualizadas.
Mas ela consegue descobrir através de uma testemunha que ele está vivo, e pior do que ela pensava. Agora ele é um prisioneiro. 

O livro alterna entre as duas visões. Enquanto Tatiana está em segurança, Alexander não faz ideia do que aconteceu com sua esposa. Se ela realmente conseguiu sair do pais, se chegou ao destino final, onde ela estaria morando. Não faz ideia.
Assim que ele é condenado como traidor, o exercito exige que ele lidere uma tropa de exilados. Basicamente tropas enviadas para as piores missões, quase suicida. Mas Alexander é esperto, e consegue levar sua tropa mais longe do que todos pensavam que ele fosse. 


Mesmo assim ele ainda se torna um prisioneiro de guerra dos alemães. Mas você deve estar se pensando: puts.. não pode ficar pior do que isso. Pode.
Os prisioneiros eram divididos. Enquanto os prisioneiros traidores alemães era considerados apenas traidores, ainda sim eram tratados como gente na prisão. Mas os Russos tratavam seus traidores como se não fossem mais pessoas e não merecessem nada. 

Alexander vive 4 anos sem Tatiana, não fazendo ideia do que aconteceu com ela. Por diversas vezes ele tenta escapar, tendo esperança de chegar até ela, mesmo sem saber de seu paradeiro.
Quando finalmente Tatiana tem certeza de onde ele está, ela entra para a cruz vermelha que vai até a alemanha para tratar dos feridos. Convence o médico a ir até os centros de concentração e encontra Alexander. 
Quando você acha que está acabando, eles ainda precisam escapar juntos, e chegar a embaixada americana de Berlim, que por sua vez ainda tem que julgar se ele deve ser mandado de volta a América para viver uma vida livre, ou para a Rússia para morrer. 

Agradeço por essa história ter um final feliz. Em toda a leitura eu não fazia ideia do que esperar no final. Já tinha quase certeza que ia ser ruim, mas foi bom, ufa!
A escritora realmente tinha outro final para o livro, que passaria longe de ser bom. E eu fico feliz que ela mudou de ideia. Eles passaram por tanta coisa em tantos anos, que mereciam descansar no final.
Esses livros fizeram eu me emocionar e praticamente me jogou no meio da guerra. Houve momentos que eu acreditava que estava passando por tudo isso, de tanta dor que eu sentia por eles. Espero que se você leu essas resenhas, eu tenha conseguido descrever os sentimentos que tive e convencido você a ler.

Se você já leu, comenta aqui nos comentários o que achou, que vou adorar saber. Beijo, até a próxima ;* 


Quotes

“Meu Deus, não pode ser,” ela sussurrou em russo. “Não pode ser você.”
Ela sentiu seu corpo estremecer. Tatiana inclinou-se sobre ele. Os olhos de Alexander estavam fechados. Eles permaneceram assim, sem mover-se e sem falar. Ela deixou escapar um gemido. Não conseguia encontrar uma palavra, uma palavra quando ela pensou em livros, quando ela gritou e chorou e protestou contra o destino injusto, quando ela estava triste e em sua dor ficou tão enfurecida, quando ela estava triste e em sua dor ficou tão perdida. Agora ela pressionava o rosto contra sua cabeça escura coberta de sangue e não conseguia encontrar uma única palavra. Gemer, sim. Não completo silêncio, mas nenhuma palavra de verdade.


“Como você tem estado, Tania?” Alexander perguntou,com a voz falhando.
“Bem, bem.” Ela segurou sua mão acorrentada.
“E o – ” Ele se interrompeu.” E o… bebê?”
“Sim. Nós temos um filho.”
“Um filho.” Alexander expirou. “E que nome você lhe deu?”
“Anthony Alexander. Anthony.”
Seus olhos encheram-se de lágrimas  ele virou o rosto. Tatiana o observava, sua boca abrindo e fechando. “É realmente você?” Ela suspirou. “Me diga, antes que eu desmorone, me diga que é você.”
“Antes?” Ele disse, e acenou. “Sou eu.”


Alexander comprou uma cama menor para Anthony, que não gostou e não tinha o menor interesse em dormir nela. “Eu pensei que a cama era para você,” disse Anthony para seu pai.
“Por que eu precisaria de uma cama? Eu durmo com a Mamãe,” disse Anthony Alexander Barrington.
Finalmente Alexander disse, “Tania, estou fincando meu pé no chão. Ele não pode mais vir para nossa cama.”
Ela tentou dissuadi-lo.
“Eu sei que ele tem pesadelos,” Alexander disse. “Vou levá-lo de volta para sua cama. Ficarei sentado com ele o quanto precisar.”
“Ele precisa da mãe no meio da noite.”
“EU preciso da mãe dele no meio da noite, sua mãe nua. Ele vai ter que se acostumar comigo. E ELA vai ter que se acostumar comigo.”

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